Estou estranho.
Lerdo, esquisito, aborrecido,
talvez até um pouco fanho.
Não sei se gripo ou se ganho,
o meu desapego do rebanho.
(pausa para assoar o nariz)
Estou um pouco melancólico.
Talvez ainda um pouco alcoólico,
remanescente do churrasco passado,
aquele da briga e do pestisco tostado.
Mas essa briga não tem nada de intriga,
na verdade é tudo escancarado.
Meu primo, besta, aquele safado,
não amadurece, não trabalha, não cresce.
O sacana sequer enrubesce!
Mas a estranheza não veio de ontem,
nem de longe, do alto ou de outrem.
Ela veio foi saindo aqui de dentro
Subiu e foi mudando minha atenção, meu centro.
Fez-me terremoto sem epicentro.
Sacudiu-me o cérebro e o corpo todo,
e tudo deixa tanto de fazer sentido,
que me lembrei até do cachimbo de ouro,
do buraco fundo, do domingo e do touro.
Motivação difusa de fuga e agouro
leva meu espírito para longe e deixa o corpo:
apodrecido, inerte, estorvo.
E fanho.
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Em co-autoria com Karina Ciotto (http://exitit.wordpress.com/), vapt-vupt.
AEEE PARÇA!!!! ^^
Awesome man! You’re improving! Em portugues fica melhor…pq dá mais vocabulário…hehehe! 😉 keep it up!